Em Hulve, cidade da Índia, o governador determinou que se plantassem nas ruas, ladeando as grandes lojas, contra o sol, filas de árvores santas dos hindus, e assim proteger o povo contra o sol causticante. Tão logo cumprida a tarefa, houve uma revolta geral no centro da cidade. Houve pânico, e verdadeiros protestos surgiram por parte dos comerciantes, que organizaram uma comissão que representasse a classe, escreveram um manifesto e foram logo entregar ao governador, dizendo-lhe:
– Podes mandar fazer o que quiseres na cidade, podes plantar outro tipo de planta, tantas as árvores de que dispomos; porém nunca permitiremos que seja plantada precisamente esta árvore. Com ela, ai de nós! Iremos à falência.
O governador não entendeu o porquê da exigência e perguntou o que tinham os comerciantes contra a árvore sagrada.
– Nada, pelo contrário, mas não vês que não se pode amaldiçoar, jurar falso, mentir debaixo de uma árvore sagrada? Por isso, deixando lá aquelas filas de árvores sob as quais não podemos mentir, estaremos arruinados como comerciantes!
Pobres hindus, pobres de nós também, pois, em toda parte, em todo lugar podemos nos considerar debaixo de uma árvore muito santa que é o olhar de Deus. Estamos sempre à sombra da cruz de Cristo. Nossos membros são templos vivos do Espírito Santo que habita em nós.
“Precisaríamos de muitas vidas para conhecer todas as possibilidades que o homem tem de enganar o próximo”.
Fonte: Livro “Alvorada Cristã” – Luiz Lourenço Gonçalves, Editora Paulinas.
Contribuição Marina Venuto Silva