“A alma que pecar, essa morrerá… Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós um coração novo e um espírito novo. Por que razão morreríeis, ó casa de Israel? Pois não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Arrependei-vos e Vivei!!!” ( Ez 18:20a , 31-32). Desde o dia em que Eva e Adão entregaram-se à desobediência, movidos pelo convite sedutor de Satanás, Deus tem chamado o homem a viver uma vida de arrependimento. Conhecedor do imenso prejuízo causado ao homem pelo pecado, o Senhor sempre demonstrou através de sua misericórdia e compaixão, o caminho “justo” para que o homem alcançasse a vida por meio do arrependimento. Muitos foram os momentos em que Deus insistiu com o homem para que se arrependesse e fosse resgatado. No acontecimento de Eva e Adão, já conseguimos identificar Deus buscando seus filhos, de forma a trazê-los novamente para a vida que haviam acabado de perder. Deus busca sempre ter comunhão com o homem. Deus cobre (perdoa-lhe) o homem de seu pecado (não encobre) e traça um novo plano de vida para esse homem caído. No acontecimento do dilúvio, podemos notar algo semelhante: Deus viu a maldade no coração do homem e alertou para o fato de que ele perdera a vida. O chamado ao arrependimento também é visto de forma insistente desde o dia em que Deus enviou Moisés para retirar Seu povo da escravidão do Egito, até o dia em que entraram em Canaã. Hoje também podemos ver claramente este chamado do Senhor, esta busca pelo arrependimento do homem. Deus quer que sintamos pesar pelas faltas ou erros cometidos. Sim, Ele quer que mudemos de parecer. Deus continua insistindo em querer nos dar a Sua vida. E, como nos dias de Adão, Noé, Moisés, o pecado continua fazendo separação entre o homem e Deus, o pecado continua interferindo nesta comunhão. Algo é muito claro: mudou-se o tempo, mudaram-se os nomes, as formas de habitações, as formas de transportes, a ciência mudou muito, mudaram os conceitos, os valores, ou seja, as coisas exteriores mudaram para o homem, porém nada mudou no homem, no seu interior. Da mesma forma, Deus não mudou. Ele continua sendo Deus. O homem continua sendo pecador e carente de perdão. E os pecados não mudaram: prostituição, vícios, porfias, sexualidade, idolatria, inimizades, ciúmes, iras, pelejas, enganos, maldade de coração, preguiça, murmuração, etc. O homem continua orgulhoso, soberbo. “Viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era má continuamente”. O que quero dizer com isso tudo é que, se não levarmos uma vida de arrependimento sincero, se não levarmos uma vida de luta contra o pecado, não nos aproximaremos do Senhor e nem manifestaremos em nossas vidas frutos dignos de arrependimento. Quando João Batista pregou sobre “frutos de arrependimento”, pessoas comuns do dia-a-dia o interrogaram sobre o que fazer e a resposta foi simples: “Quem tiver duas túnicas, reparta com quem não tem, quem tiver alimento, da mesma forma”. Aos cobradores de impostos disse: “Não cobrem além do que foi estipulado”. Aos soldados disse: “Não tratem mal a ninguém, não façam denúncia falsa, contentem-se com seus salários”. E o que dizer ao comerciante, ao empresário: “- Emita nota fiscal, seus preços sejam justos, não soneguem impostos, sejam justos com seus funcionários”. E ao professor: “- Prepare suas aulas com carinho. Tenha respeito pelos alunos.” E aos empregados de uma empresa: “- Sejam funcionários exemplares, contentem-se com os seus salários, etc…” É no nosso dia-a-dia que manifestamos os nossos frutos de arrependimento. Se de fato estamos arrependidos de nossos erros, pecados, manifestemos seus frutos para que muitos vejam. O Senhor não tem prazer em nossa morte, ruína ou desgraça. Ele tem esta palavra para nós: “Arrependei-vos e vivei!!!” Não temos nenhuma obrigação de satisfazermos nossa velha natureza. Não precisamos fazer o que ela pede. Existe uma vida vitoriosa nos aguardando. É preciso que desejemos vê-la manifesta em nós. Arrependamo-nos agora de nossos pecados, sintamos o pesar em nossos corações pelos nossos erros. Que o Espírito Santo retire de nós toda arrogância e hipocrisia. O Senhor espera que sejamos um marco lá fora, nas ruas, na família, no trabalho, na escola. Deus espera que testemunhemos o arrependimento juntamente com o senhorio de Jesus em nossas vidas. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.