O que é comunhão? De forma simples, responderei que comunhão é o relacionamento entre cristãos. Um dos versículos que exemplifica tal realidade é Atos 2.46:
“Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo povo”.
Confesso que estou à procura de irmãos para viver a comunhão. Será que esse deve ser nosso objetivo? Antes de responder, vou citar brevemente algumas fases de minha vida, nas quais vivi esta comunhão.
A nossa história, minha e da minha esposa Carla, começa quando fomos batizados no Espírito Santo, quatro meses após o nosso casamento. A alegria era tamanha que não podíamos guardar isso conosco, então chamamos uma amiga, a Lúcia Cabral, e a Carla disse-lhe: “Queremos levar esse Jesus que conhecemos e apresentá-Lo para nossas famílias em Santos”. Só um parêntese: eu não sabia o que era comunhão, mas o Espírito Santo encarregou-se de nos mostrar na prática.
Nas idas e vindas ou no sobe e desce da Baixada, nasceu um relacionamento cristão entre mim, a Carla e a Lúcia; a comunhão acontecia naturalmente. A Lúcia, movida pelo Espírito Santo, tratou de nos apresentar um casal maravilhoso: o Paulo Roberto e a Neide. Hoje entendo o que Deus fez em nossas vidas. A “desculpa” para nos reunirmos era a do discipulado. Que tempo delicioso, ou melhor, que comida saborosa era aquela que a Neide preparava com tanto amor! Naquela época eu ainda não entendia que um jantar entre dois casais fazia parte do discipulado. Enquanto a comida não ficava pronta, o Paulinho (para os íntimos) nos fazia sala. Durante todo tempo trocávamos experiências, dificuldades, alegrias, confessávamos nossos pecados. Em alguns momentos, pudemos compartilhar as coisas materiais, pois o Paulo ficou desempregado por um período e, antes disso, eu também tinha passado pelo mesmo problema. Não consigo encontrar outra palavra que não seja “comunhão” para o que vivemos.
“Acabou o discipulado, e agora?” Não tínhamos mais “desculpas” para nos reunir, mas o Espírito Santo já tinha nos ligado com laços espirituais. Continuamos a nos encontrar, e a nossa comunhão ficou ainda mais firme.
No meio desse processo, fomos aproximados de outro casal maravilhoso, o Ricardo e a Clarice, que conhecemos no dia de nosso batismo no Espírito Santo. Lembro que eles viviam nos chamando para almoçar e comer uma “carninha” assada. Éramos três famílias que experimentavam a comunhão. Não digo que vivemos uma comunhão plena, pois não dividimos o mesmo teto. Quer dizer, experimentamos isso em parte, quando recebemos por um tempo a Neide e seus filhos recém-nascidos. Quando o Thiago nasceu, eles ficaram em nossa casa por uma semana. Na vez do Lucas, o segundo filho, nós os recebemos por cerca de um mês.
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” (At 2.42)
Na época do nascimento do Lucas, Paulo e família estavam de mudança para Brasília. Logo depois foi a vez de o Ricardo e a Clarice se transferirem para Curitiba. Deus estava chamando-os para uma nova obra.
Conversando e orando com a Carla, eu disse: “E agora? Um foi para Brasília, e o outro para Curitiba. E nós? Ficaremos em São Paulo?”. Não demorou muito até Deus colocar em meu coração um desejo de voltar a Santos. Percebi que em Atos aconteceu a mesma coisa: a comunhão entre um grupo de pessoas era vivida por um tempo até que alguns fossem enviados por Deus para uma nova obra.
“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo; Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (At 13.2)
A experiência da comunhão faz com que você deseje estar junto, aprender mais de Cristo através do outro, compartilhar o Deus verdadeiro. Quando todos estávamos em cidades e estados diferentes, “sozinhos”, um pensamento vinha em nossas mentes: “Com quem iremos nos relacionar?”
Sedentos por comunhão
Vivemos um período de seca, de aguardar a vontade do Senhor ser revelada, e Deus através de um irmão na fé nos falava que mandaria um casal para nos ajudar. Foi então que, um tempo depois, apareceram o Carlos e a Amelina. Logo já estávamos comendo e dormindo na casa deles. É interessante, mas tínhamos a impressão de que já os conhecíamos de longa data. Eu sei bem de onde vem tamanha familiaridade: do corpo de Cristo.
A experiência que esta família tem com Jesus nos proporcionou um grande aprendizado. A maneira simples como eles vivem nos mostrou grandes valores. Eles participaram de nossas vidas quando a Carla estava desempregada e nos metemos em um investimento de um restaurante que nos trouxe grande prejuízo financeiro ao longo de oito meses. Graças a Deus por ter mandado este casal para nos ajudar a passar por esse momento tão difícil em nossas vidas!
Não demorou muito e Deus chamou o Carlos para outra obra. E nós? Novamente veio o pensamento: “Procurar irmãos para viver a comunhão”.
Esse não é o objetivo, de procurar, mas o desejo de viver a comunhão precisa estar em nós. No tempo certo, Deus nos dá a oportunidade de vivermos a comunhão, ora com uns, ora com outros, para praticarmos a boa obra.
“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.” (Ef 2.10)
Deus prepara a boa obra para a praticarmos, mas temos o livre arbítrio para escolhê-la ou não. Com a comunhão ocorre o mesmo. Vou contar um “causo” para melhor entendimento.
Algumas vezes, as crianças dos “compadres” Ricardo e Clarice nos pediam para dormir na casa deles. Tínhamos vários empecilhos: morávamos a uns 15 minutos de carro da casa deles, em São Paulo; iríamos trabalhar no dia seguinte; não estávamos preparados; não havia roupas para dormir nem para usarmos no dia seguinte de trabalho… Ou seja, estava totalmente fora de nossa rotina diária, mas, ainda assim, acabávamos ficando e também compartilhávamos as roupas (ainda bem que o “compadre” tinha roupas de quando ele era mais magro).
Pois é, Deus prepara a boa obra e também a ocasião para a comunhão entre os irmãos. Basta estar desejoso de vivê-la e teremos a oportunidade. Pode ser que estejamos despreparados para viver este momento, ou não, mas com certeza estaremos do jeito que Deus quer, ou seja, disponíveis para Ele.
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Estamos vivendo dias de miôjo (onde tudo é muito instantâneo)
Em relação ao Reino de Deus, nós como cristãos da geração passada buscávamos a Deus todos os dias intensamente para ter intimidade com Ele, buscávamos de joelhos dobrados por horas, lendo a Bíblia, pregando o evangelho, expulsando demônios e coisas como estas concernentes ao Reino de Deus. Já, essa nova geração busca a Deus ouvindo Cd’s, DVD’s de lideres renomados, só observando o que acontece através da internet nas igrejas espalhadas pelo mundo. Ficamos ocupados ouvindo, assistindo coisas que nos emocionando…E, perdemos o foco de Deus, isso é uma maneira instantânea de buscar ao Senhor, pois almejamos resultados rápidos, não queremos gastar tempo produzindo frutos dignos de arrependimento. Mas a maneira Bíblica de buscar ao Senhor é como disse Jeremias em 29:13 – “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”. Oremos…Por uma geração renovada pelo poder do “Espírito Santo”.
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